Presidente dos Correios quer sair: fogo amigo entre suas alas
Está aceso o fogo amigo entre as alas do PT e PMDB representadas na diretoria dos Correios.
No caso do PT, também as sub-alas porfiam,por exemplo, a dos ex-deputados Ricardo Berzoini e Luiz Gushiken,que fizeram o presidente Wagner Pinheiro, tirando-o da presidência do fundo de pensão da Petrobras (Petros) em contraposição à ala do ministro Paulo Bernardo, que age através do vice-presidente de Administração e superintendente executivo Nelson Luiz Oliveira Freitas,que na verdade é o eixo das grandes decisões dos Correios.
Sentindo-se isolado, Wagner quer sair, e voltar à Petrobras, setor que dominava.Na empresa postal ele é apenas mais um no meio do fogo cruzado das intrigas, sabotagens e maledicências que traduzem o ambiente interno nos Correios, que em nada melhorou após a tumutuada época sob a influência direta da ex-ministra Erenice Guerra.
O cerne da questão interna é a briga direta e selvagem - co constantes vazamentos à imprensa de seus lances - pelo controle dos rumos da empresa,travada entre o pessoal original da casa - a chamada "nomenclatura" - - e os assessores contratados do mercado, preferencialmente petistas filiados, e cujo número foi ampliado recentemente pelo ministro das Comunicações,pesidente do Conselho de Administração,com a reforma do estatuto.
Outro ângulo da disputa é o ideológico, entre as alas que se batem pela privatização dos serviços costumeirizados dos Correios - como as rede postal aérea - e os que pretendem mantê-lo como empresa estatal monolítica e fechada.
Quem prevalecerá? Ambas as alas no momento mostram-se fragilizadas para exercer seu predomínio.O tema Correios não entrou ainda na agenda prioritária de Dilma.
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