quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Correios apresenta ações para próximos anos
Carta Social somente poderá ser usada por beneficiários do Bolsa Família
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
BANCO POSTAL: JÁ É POSSIVEL FAZER PRÉ-CADASTRO PARA ABERTURA DE CONTA PELA INTERNET
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Está na hora da empresa investir em segurança
domingo, 6 de novembro de 2011
Uso do serviço de SMS para cobrança de dívidas dobra entre 2010 e 2011
Este ano, as principais empresas de cobrança do Brasil enviaram, mensalmente, mais de 6 milhões de torpedos SMS e 1,5 milhão de cartas destinadas a consumidores de todo o país, solicitando a quitação de débitos. Em 2010, no entanto, a situação era outra, com as cartas sendo o recurso mais utilizado para tal fim. Foram 4 milhões de cartas contra 3 milhões de torpedos enviados por mês.
A informação é da Comunika, especializada em negócios móveis, com dados do Instituto Geoc (Gestão de Excelência Operacional em Cobranças).
As ações de cobranças --com objetivo de recuperar o crédito-- por meio do SMS corporativo ainda são novidades no mercado. No entanto, segundo a Comunika, a aplicação desse recurso nas cobranças está fazendo efeito, mostrando-se eficiente no relacionamento com consumidores que possuem pendências.
Vantagem
O gerente de negócios da Comunika, Daniel Bulach, acredita que o uso do SMS ajuda os consumidores, no sentido de tomar as providências rapidamente, antes do bloqueio do seu crédito, porque a mensagem é recebida instantaneamente, ao passo que as cartas levam de 3 a 7 dias para chegar.Os investimentos em tecnologia por parte das empresas de cobrança possivelmente vão se expandir até o final do ano. Isso será reflexo, conforme afirma a superintendente do Igeoc, do aumento do crédito, que deverá atingir 48% do PIB (Produto Interno Bruto) até o final do ano.
Bulach ainda comenta duas outras vantagens da tecnologia: a discrição e eficiência. O SMS é um tipo de ferramenta que não interrompe as atividades dos usuários, já que fica armazenado até sua leitura.
Bulach ainda lembra uma pesquisa feita pela Acision em 2010, que revelou um percentual de 79% de usuários dispostos a receber mensagens via celular, desde que sua privacidade seja respeitada.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Acordo Coletivo julgado peloTST é por 4 anos
Foi aprovada desta forma, sob os seguintes argumentos:
IX) DECIDIU, por unanimidade, adequar a redação da Cláusula 63 - VIGÊNCIA ao PN 120/SDC.
Conforme a sentença citada acima, Instrumentos Normativos aprovados pelo TST tem validade de no máximo de quatro anos, sendo que, para serem substituidos, devem ser revogados via acordo coletivo de trabalho.
Por exemplo: caso as partes não queiram modificar o atual acordo, o mesmo poderá ser válido até o ano de 2015.
O dissídio aprovado pelo TST e que está valendo pode-se ler no link:
http://www.fentect.org.br/media/informes/Acord%C3%A3oT.._1.pdf
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Quebra do monopólio Postal
Durante muito tempo, os Correios apareciam entre as instituições mais respeitadas pelos brasileiros, o que faz parte da história - não ocorre mais. Após a greve de 28 dias, que gerou perdas de R$ 560 milhões para a ECT, empresários e parlamentares têm conversado sobre o fim do monopólio da estatal. Cada vez mais.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Correios: TST considera greve não abusiva e determina retorno ao trabalho
Notícias do Tribunal Superior do Trabalho
Dias parados
O ponto mais discutido do julgamento foi o tratamento a ser dispensado aos 21 dias de paralisação (que, com o acréscimo do repouso semanal remunerado, representam 28 dias). O relator, ministro Maurício Godinho Ddelgado, propunha a compensação total, por meio de trabalho aos sábados e domingos, e a devolução dos seis dias já descontados pela ECT. A segunda corrente, liderada pelo presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendia que, de acordo com a Lei de Greve (Lei nº 7783/1989), a paralisação significa a suspensão do contrato do trabalho, cabendo, portanto, o desconto integral dos dias parados. No final, prevaleceu a corrente liderada pelo corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Barros Levenhagen, que autoriza o desconto de sete dias e a compensação dos demais 21.
A compensação será feita até maio de 2012, aos sábados e domingos, conforme necessidade da ECT, observada a mobilidade de área territorial (na mesma região metropolitana e sem despesas de transporte para o trabalhador), e convocadas com pelo menos 72 horas de antecedência.
De acordo com o ministro Maurício Godinho Delgado, relator do dissídio na SDC, o direito de greve foi exercido pelos empregados da ECT dentro dos limites legais e não houve atentado à boa-fé coletiva. O ministro afirmou que “não se teve notícias de grandes incidentes durante todo o movimento da categoria profissional, nas mais de cinco mil unidades da empresa”.
(Augusto Fontenele e Carmem Feijó)
Processo: DC 6535-37.2011.5.00.0000
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é composta por nove ministros. São necessários pelo menos cinco ministros para o julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos.
TST ordena fim da greve nos Correios, desconta 7 dias e manda compensar 21
11/10/2011 | 19:03
O Tribunal Superior do Trabalho acaba de determinar o fim da greve nos Correios a partir da zero hora desta quinta-feira (13), bem como o desconto de sete dias nos salários dos trabalhadores e a reposição, com trabalho, de outros 21 dias. Em sua decisão, o TST não considerou a greve abusiva, mas fixou multa diária de R$ 50 mil para a Federação dos Trabalhadores na ECT em caso de desobediência. Os funcionários da estatal terão reajuste de 6,87% nos salários a partir de 1º de agosto e mais oitenta reais a partir de 1º de outubro, mas excluiu um abono que havia sido negociado antes do julgamento do dissídio. Logo cedo, os grevistas tentaram impedir o julgamento do dissídio apresentando uma preliminar contrária à sua realização, mas o TST, em decisão considerada corajosa, entendeu que em dissídio de greve não é necessários que as partes estejam em comum acordo para que a sessão de julgamento se realize.
Correios: TST ignora manobra e julga dissídio; greve acaba quinta
A máquina e a massa
Ilimar Franco
O Globo - 09/10/2011
"Achem um deputado da Causa Operária", ironiza o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), cada vez que um deputado do PT ou do PCdoB o procura para intermediar acordo para pôr fim à greve dos Correios. Esses partidos controlam a maioria dos sindicatos, mas, nas assembleias, quem faz a cabeça dos carteiros é o Partido da Causa Operária (PCO). "O PSOL e o PSTU ficaram para trás, daí para a direita é tudo pelego", diz o ministro.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Grevistas dos Correios poderão ter perdas com o dissídio coletivo
Sabrina Craide
O julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores dos Correios pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) poderá trazer prejuízos à categoria, na avaliação do presidente da corte, ministro João Oreste Dalazen. Na tarde de hoje (7), ele mediou a segunda audiência de conciliação entre a empresa e representantes dos grevistas. Por falta de acordo entre as duas partes, a questão foi encaminhada à Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), que julgará o dissídio na próxima terça-feira.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Correios: TST determina que 40% da categoria se mantenha em atividade
A decisão do presidente do TST ocorre após a rejeição pela categoria profissional do acordo firmado entre a ECT e a FENTECT em audiência de conciliação realizada na sede do TST na última terça-feira (4). O ministro Dalazen revolveu antecipar a audiência, inicialmente marcada para segunda-feira (10), devido ao “interesse público” da greve, pois os serviços prestados pela ECT seriam essenciais para a população.
Dalazen utilizou como base para a sua decisão o artigo 11 da Lei nº 7.783/89 (Lei de Greve), segundo o qual, “nos serviços ou atividade essenciais, os sindicatos, empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação de serviços indispensáveis ao atendimento da população”.
O acordo para o fim da greve, firmado entre a ECT e a FENTECT no TST, em audiência de conciliação presidida pela vice-presidente do Tribunal, ministra Maria Cristina Peduzzi, só surtiria efeito se fosse referendado pela categoria em assembleias por todo o País. Com a sua rejeição, o dissídio coletivo deverá ir a julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST.
Leia aqui a íntegra do despacho.
(Augusto Fontenele/CF)
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Comando de Negociação dos Trabalhadores orienta aprovação da proposta apresentada pelo TST
Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2011.
AOS SINDICATOS FILIADOS
Após quatro horas e meia de debate, em uma audiência tensa, a Ministra, na presença do Comando de Negociação, representantes da ECT e vários representantes da categoria, diante do impasse que gerou 21 dias de greve, declarou que caso não houvesse entendimento entre as partes, encaminharia a questão para Dissídio Coletivo a ser julgado. Alertou que já existia jurisprudência desfavorável à categoria em relação aos dias parados e cláusulas econômicas, e que aumento real seria praticamente impossível de ser apreciado pelo relator.
Este comando, com postura séria desde o início das negociações, tem o papel de informar e esclarecer aos companheiros(as). Caso a proposta conciliada no TST seja rejeitada pela categoria, nosso Acordo Coletivo de Trabalho será julgado em Dissídio Coletivo, com o risco citado acima.
Neste sentido, este Comando orienta pela aprovação da proposta encaminhada pelo TST. Segue em anexo a Ata do TST contendo todo o relato da audiência, inclusive a proposta, parecer da Assessoria Jurídica da FENTECT e Parecer Técnico do DIEESE sobre a referida proposta.
Avaliação da Proposta do TST pelo DIEESE
TRABALHO 2011-2012 APRESENTADA NA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO DO DISSÍDIO
INSTAURADO PELA ECT
Em relação ao reajuste salarial, ficou mantido o índice corresponde ao IPCA-IBGE acumulado até o mês anterior à data-base. Este ponto da proposta representa a recomposição do poder de compra dos salários aos níveis de setembro de 2010, tomando aquele índice como parâmetro para o custo de vida.
O aumento linear de R$ 80,00 constitui aumento real expressivo para a maior parte da categoria. Para o menor salário, já reajustado pelo IPCA, os 80 reais significam um aumento real de 9,27%, enquanto que para o maior salário da tabela, o aumento real será de 0,58%.
Para os salários de cargos de nível médio, o aumento real mínimo será de 1,3%. A tabela a
seguir apresenta os ganhos salariais reais por referência salarial.
REFERÊNCIA SALARIAL GANHO REAL DESCONTADA A INFLAÇÃO
NM01 9,27%
NM15 7,02%
NM25 5,70%
NM41 4,02%
NM50 3,29%
NM65 2,34%
NM90 1,30%
NS01 2,44%
NS13 1,83%
NS29 1,24%
NS40 0,95%
NS60 0,58%
Elaboração: DIEESE.
Tais percentuais de ganho real podem ser considerados elevados diante do que se observa no conjunto de negociações de reajustes no setor privado e nas estatais atualmente. Pode-se perceber que, em 2011,
mais de 77% das negociações resultaram em aumentos reais (sobre o INPC), que não ultrapassaram os 2%.
Os outros dois itens da proposta, o vale alimentação e o vale cesta, de R$ 25,00 e de R$ 140,00, respectivamente, configuram reajustes de 8,7% e 7,7%. Estes níveis de reajustes estão, como se pode ver, bem acima da inflação acumulada, gerando ganhos de renda indireta substanciais, que favorecem sobretudo os trabalhadores que recebem os menores salários na empresa.
A antecipação do aumento real para outubro, em certa medida compensa o não pagamento do abono que havia sido proposto anteriormente. Se o valor do abono fosse convertido em seis salários mensais, que seria o número de salários a serem recebidos entre agosto e dezembro, incluindo o 13º, equivaleria a um aumento variando entre 9,7% e 0,6%, conforme o salário. No entanto, o abono não se incorporaria à remuneração, deixando de ter as repercussões futuras e reflexos remuneratórios gerados pelo aumento linear de R$ 80,00. Ou seja, a vantagem de antecipar-se o aumento linear, em relação ao abono, vem principalmente das repercussões na contribuição previdenciária (para os que recolhem abaixo do teto de contribuição), no fundo de pensão e no FGTS.
Portanto, a proposta, no que tange a estes itens, mantém os elementos de avanço e melhoria da remuneração dos trabalhadores que formam a grande massa de empregados na empresa.
Cabe, por fim, frisar que esta análise não pretende nem pode ser considerada uma avaliação global e exaustiva das propostas em negociação para o acordo coletivo de trabalho. Trata-se apenas de elementos oferecidos para subsidiar a decisão da categoria a respeito do assunto.
Clóvis Scherer
terça-feira, 4 de outubro de 2011
FENTECT e Correios chegam a acordo para fim da greve a partir de quinta-feira
Notícias do Tribunal Superior do Trabalho
Pelo acordo, será concedido reajuste de 6,87%, retroativo 1º de agosto de 2011, e aumento linear de R$ 80,00, a partir de 1º de outubro de 2011. Os Correios se comprometeram a devolver, em folha suplementar, até segunda-feira (10), o desconto já realizado na folha de pagamento de seis dias de paralisação. Esse valor será descontado nos contracheques a partir de janeiro do próximo ano, em 12 vezes (meio dia de trabalho por mês). Os 15 dias restantes em que os empregados ficaram parados serão compensados com trabalho aos sábados e domingos.
Ficou acordado ainda o pagamento de vale alimentação (R$ 25,00), vale cesta (R$ 140,00), vale extra (R$ 575, a ser pago em dezembro de 2011), reembolso creche/babá (R$ 384,95), auxílio para dependente (R$ 611,02) e ressarcimento de gastos com medicamentos de até R$ 28,00 por mês.
Em entrevista coletiva após a audiência, a ministra Cristina Peduzzi se disse emocionada com o acordo, que põe fim a um problema que atinge a toda a sociedade, e se mostrou confiante de que as assembléias de trabalhadores referendem o acordo. Caso isso não ocorra, o dissídio será distribuído para um ministro relator para análise e posterior julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST.
(Augusto Fontenele/CF)
Processo: DC 6535-37.2011.5.00.0000
sábado, 1 de outubro de 2011
Correios novamente em GREVE
Repete-se a velha história: Os Correios estão em greve por questões de aumento salarial. Cartas se acumulam nos centros de distribuição, encomendas atrasam, prazos deixam de ser cumpridos e garantidos pela ECT, faturas não chegam e consequentemente deixam de ser pagas ou são pagas com atraso, negócios deixam de ser realizados causando milhões de reais em prejuízo e destruindo a imagem dos Correios.
Não dirijo este texto à ECT, mas sim, aos funcionários que estão em greve. Vocês já se deram conta de que quando foram admitidos na empresa havia um contrato (que foi lido por vocês) especificando seu salário e suas funções? Já perceberam que houve um treinamento chamado CIDADANIA POSTAL onde vocês conheceram a empresa, sua missão, visão, sua maneira de atuação no mercado, seus problemas e, principalmente, SUA POLÍTICA DE CARGOS E SALÁRIOS??? Vocês já devem ter notado que a comunicação (sim, vocês trabalham numa empresa de comunicações) é um SERVIÇO ESSENCIAL, ou seja, que não deve ser interrompido?
Vocês não estão lutando por seus direitos. Vocês estão quebrando a empresa, diminuindo seus lucros e sua credibilidade diante da sociedade brasileira, e prejudicando muitas outras empresas e cidadãos brasileiros que dependem dos Correios para fechar um negócio através da entrega de um documento ou entregar o produto de uma venda.
Interessante é o fato de que o Sindicato fala tanto em proteger a empresa contra a privatização, mas não percebe que a cada greve, a empresa perde contratos, lucro e credibilidade. E todo mundo sabe que o primeiro passo para a privatização de uma empresa é a falta de credibilidade e dinheiro.
Vamos parar e pensar: O vale-alimentação de um funcionário dos Correios é o equivalente ao salário de muito chefe de família que trabalha de sol a sol, e não tem o direito de greve. A ECT concede participação nos lucros, cursos internos, vale-alimentação extra no Natal, e outras coisas que nem fazem parte do dever da empresa para com o funcionário. Há muita coisa a ser melhorada, concordo (mas destas o sindicato não lembra), mas há outras coisas que devemos reconhecer e valorizar. Vocês podem lutar pelos seus direitos, claro, mas de forma coerente e responsável, lembrando que há um país inteiro que depende do seu trabalho, e que, se você não quer fazer este trabalho, há quem queira.
Postado por Marvin (Sérgio Rodrigues) às 06:59
Comentário do Carteiro:
Realmente devemos pensar que toda ação tem uma reação, queremos uma empresa melhor, mas fazemos uma greve e ensinamos a população a cada vez mais usar o Débito automático, DDA, pagamento de conta pela internet, envio de mercadorias por outras transportadoras, entre outras facilidades que de certa forma diminui o serviço dos Correios.
Será que nossa empresa aguentará mais 5 anos da maneira como está? Depois de 5 greves, pois fazemos 1 por ano, não é?
Prezados colegas carteiros e Ecetistas, vamos pensar melhor, será que queremos uma empresa melhor ou afundar de vez a nossa?
Gostei do Blog abaixo, aconselho que deêm um olhada no mesmo.
http://marvincode.blogspot.com/2011/09/correios-novamente-em-greve.html
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O que é um dissídio coletivo?
O que é: Dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre trabalhadores e empregadores.
Os dissídios coletivos podem ser de natureza econômica ou jurídica. Os de natureza econômica criam normas que regulamentam os contratos individuais de trabalho como, por exemplo, cláusulas que concedem reajustes salariais ou que garantem estabilidades provisórias no emprego.
Os dissídios de natureza jurídica, conhecidos também como dissídios coletivos de direito, visam a interpretação de uma norma legal preexistente que, na maioria das vezes, é costumeira ou resultante de acordo, convenção ou dissídio coletivo.
Como funciona: Os Dissídios Coletivos são ações ajuizadas pelos sindicatos, federações ou confederações, para defesa dos interesses de seus filiados.
Os dissídios são ajuizados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e é da competência do Juiz Vice-Presidente despachar, instruir e conciliar processos, designar e presidir as audiências, extinguir processos sem julgamento do mérito ou delegar a outro juiz vitalício tais atos.
Suscitado dissídio, a primeira etapa do processo consiste na realização de audiência de conciliação e instrução. Nessa audiência tenta-se levar as partes à celebração de um acordo que ponha fim ao dissídio. Nestes casos, o Juiz pode formular uma ou mais propostas visando a conciliação e no caso de acordo, será homologado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Caso não haja acordo, o Juiz passará à fase de instrução, na qual interrogará as partes a fim de colher mais informações para o julgamento da matéria.
Contudo, a negociação e a tentativa de conciliação são etapas que antecedem os dissídios coletivos. De acordo com a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho e o Regimento Interno do TST, somente depois de esgotadas as possibilidades de autocomposição, as partes podem recorrer à Justiça do Trabalho. A jurisprudência do TST prevê a extinção do processo, sem julgamento do mérito, se não ficar comprovado o esgotamento das tentativas de negociação.
Quem tem direito: A decisão do Dissídio Coletivo que implique em novas condições de trabalho poderá ser estendida a todos os trabalhadores da mesma categoria profissional que atuem na jurisdição do Tribunal Regional de Trabalho onde a questão foi julgada.
Correios recorrem a TST na tentativa de encerrar greve
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Greve dos Bancários x Greve dos Correios
Da Redação
Em São PauloE
Os bancários decidiram nesta quinta-feira (22) entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (27). A decisão foi tomada em assembleias realizadas em 14 municípios em 12 Estados, segundo informou em nota a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Greve dos Correios deve ser decidida na Justiça
Sindicatos regionais entraram com ações judiciais para tentar impedir que governo corte ponto dos grevistas
AE | 28/09/2011 19:04
O desconto em folha dos dias parados pelos trabalhadores dos Correios que aderiram à greve foi o que impediu o fechamento de um acordo entre o sindicato da categoria e a estatal hoje. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro, disse à Agência Estado que, em reunião hoje no Ministério Público do Trabalho, as negociações chegaram a avançar, mediante a contraproposta apresentada pela estatal.
Os Correios decidiram pagar um abono de R$ 500,00 e um aumento de R$ 80,00 a partir de janeiro em substituição à proposta inicial que previa um abono de R$ 800,00 e uma parcela fixa de aumento no salário de R$ 50,00.
No entanto, o sindicato se retirou da mesa de negociações, segundo Pinheiro, quando a estatal abordou o corte do ponto de quem aderiu à greve. "Lamentamos eles terem tomado a iniciativa de ir para a Justiça. Não descontar (os dias parados) não tem condição", afirmou Pinheiro.
Alguns sindicatos regionais já entraram com ações na Justiça com o objetivo de impedir o desconto dos dias parados, mas as decisões da Justiça não são unânimes.
Na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postais, Telégrafos e Similares (Sintec-PB) obteve liminar para que não haja corte de ponto nem de vale-transporte e vale-alimentação dos grevistas.
Os Correios já recorreram da decisão. No Rio Grande do Sul, porém, o pedido foi indeferido.
Segundo Pinheiro, a empresa até se dispôs a fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada, mas o sindicato foi irredutível. "Reconhecemos o direito de greve dos trabalhadores, mas a empresa tem também o direito de efetuar o desconto", disse.
Diante do impasse, Pinheiro reforçou pedido de desculpas da empresa à população pelos transtornos causados e reiterou o apelo para que os carteiros voltem ao trabalho. "Vamos fazer um apelo para os carteiros voltarem ao trabalho, porque temos convicção de que é isso que eles querem", afirmou.
Pinheiro lembrou que a estatal tem feito mutirões para fazer triagens e entregar encomendas e que já convocou 5.300 aprovados no concurso realizado em maio para amenizar os efeitos da greve.
MPT medeia negociação para acabar com a greve dos Correios
Brasília (DF) - O Ministério Público do Trabalho mediou a negociação entre os representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e a diretoria administrativa dos Correios (ECT), nesta quarta-feira (28), na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília.
O impasse da greve dos funcionários, que já dura 15 dias, motivou a reunião, que teve duração de duas horas. A ideia é chegar a uma negociação que atenda às reivindicações dos trabalhadores e faça com que eles retornem ao trabalho.
A ECT continua com a proposta de reajuste salarial e de benefícios em 6,87%, aumento real de R$50,00 e abono de R$800,00. A proposta econômica foi aceita pela maioria dos trabalhadores em greve. A questão que não teve acordo é relacionada ao desconto em folha de pagamento dos dias parados.
Para os trabalhadores, esse desconto não deve ser feito porque eles terão que colocar em dia todo o trabalho parado. A categoria não descarta a possibilidade de negociação, porém deseja um acordo que atenda às necessidades de maneira geral. “A greve é um sacrifício muito grande para nós trabalhadores. Se eu perder esse salário, coloco em risco o meu pão de cada dia. Isso é sério, mas não estamos dispostos a sair da greve de graça”, disse o carteiro baiano Saúl Gomes da Cruz.
Já para a empresa, o débito em folha precisa ser feito em respeito às pessoas que trabalharam em esquema de mutirão. O analista da Diretoria de Administração dos Correios, Alexandre Martins Vidor, propôs que os descontos fossem realizados no período de 12 meses.
O procurador do Trabalho e Coordenador Nacional de Liberdade Sindical (CONALIS), Ricardo Brito Pereira, ouviu as considerações dos representantes e da empresa e acredita ser possível o encerramento da greve. “Em um primeiro momento, o Ministério Público do Trabalho sugeriu para a ECT que não houvesse descontos na folha de pagamento dos trabalhadores que ficaram parados, mas, como houve avanços na proposta econômica, o MPT achou razoável que o desconto fosse realizado em um prazo maior para que o trabalhador não sofra nenhum impacto. É possível fazer um acordo para resolver esse impasse, a fim de que a atividade se regularize o mais rápido possível”.
Os representantes sindicais pretendem levar os avanços da reunião para a assembleia com os trabalhadores. Segundo os membros diretores da FENTECT, somente a partir de um consenso a greve será cancelada.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Social do MPT
(61) 3314-8232/ 3314-8198
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Juíza indefere pedido de liminar da FENTECT para impedir desconto dos dias parados
(...)
Após doze dias greve dos Correios perde força
Jornal Já – Porto Alegre, Rio Grande do Sul
A greve dos Correios entrou nesta terça-feira (27) no décimo segundo dia de paralisação com uma caminhada no Centro de Porto Alegre. Cerca de mil servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e bancários, que começaram greve hoje, participaram do ato conjunto que saiu da Siqueira Campos, na sede dos correios, até a esquina democrática, na Rua dos Andradas.
Porém, segundo membros do sindicato gaúcho da categoria a greve aos poucos está perdendo força, principalmente nas cidades do interior do Estado. Apesar dos líderes mostrarem confiança no movimento, a greve não deverá se estender por muito tempo. “No máximo até o final de semana as negociações deverão acabar”, disse um dos diretores do sindicato.
Completada quase duas semanas, ao menos 40% dos funcionários já voltaram ao trabalho. No entanto 35% das cartas e encomendas continuam sendo entregues com atraso. Os serviços de entrega rápida com horário marcado, como o Sedex 10, estão suspensos.
Em Brasília, a direção dos Correios anunciou a retomada do diálogo com a Federação Nacional dos Trabalhadores da categoria, a fim de tentar encerrar a greve. Os correios admitem renegociar a proposta apresentada na semana passada que prevê reajuste salarial de 6,87%, aumento real linear de R$ 50 (que representa, segundo a diretoria, aumento de 13% para 60% dos trabalhadores) e abono de R$ 800.
Segundo a empresa, os pontos sobre os quais ainda há divergências poderão ser discutidos com a volta ao trabalho dos grevistas.
A categoria reivindica aumento salarial de R$ 400, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação, piso salarial de R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%.
O secretário-geral do Sintect/RS, Vicente Guindani, avisa que independente do que o comando nacional decidir, a quarta-feira terá manifestações na Capital.
— Nesta quarta-feira vamos levar a decisão do comando nacional para categoria em assembleia às 16h. Mas teremos de qualquer forma uma mobilização em frente à Agência Central na Siqueira Campos e à noite faremos um ato simbólico sepultando políticos que antes eram sindicalistas e agora tratam as categorias com diferenças — explicou.
sábado, 24 de setembro de 2011
Greve dos Correios reforça procura por serviços privados
Enquanto a greve dos Correios prejudica grande parte dos brasileiros, empresas que atuam no segmento de entregas expressas aumentam o faturamento durante a paralisação, informa reportagem de Cirilo Junior para a Folha deste sábado.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O volume de encomendas transportadas pela Azul Cargo, braço de logística da aérea Azul, cresceu 60% desde a semana passada, quando parte dos funcionários dos Correios cruzou os braços.
Embora não tenha fechado dados relativos ao volume dos últimos dias, a TNT Express registrou forte incremento nas consultas. Os atendimentos no call center da empresa aumentaram 150% desde a semana passada.
"São clientes querendo saber sobre preços, prazos. E identificamos uma expansão no despacho de encomendas para o exterior", afirma Carlos Ienne, diretor da divisão express da empresa no Brasil.
A TNT trabalha com encomendas maiores, ao contrário da Azul e da Gollog, cujo número de encomendas cresceu 47% desde o início da paralisação. Empresa de logística da Gol, a companhia vem investindo cada vez mais no segmento de cargas expressas, que engloba pequenas encomendas.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Sancionada a MP 532
Para ler o conteúdo completo da Lei 12.490/2011, sancioanda pela presindente, acesse o link http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12490.htm
Comentários do carteiroquefala:
Essa notícia apresenta uma situação curiosa: uma das reivindicações da Fentect com a greve deflagrada no dia 14/09 era contra a sanção presidencial da MP 532/11. Porém desde o dia 16/09/2011 a MP foi sancionada. A pergunta que fica é: a luta contra a MP 532/11 de fato foi um dos motivos para o início da greve, ou foi só um "artifício", já que estava claro que após a aprovação no congresso, a MP seria sancionada pela Presidente, já que foi o próprio governo que levou ao congresso a Medida Provisória. É importante ficarmos atentos aos reais motivos das atitudes que cada um está tomando.
domingo, 18 de setembro de 2011
GREVE, NÃO.
Estou trabalhando, simplesmente pelo fato de não acreditar neste sindicato, que em uma visita a minha unidade nos disse que esta MP estava adormecida desde a época de FHC, mas só agora foi colocada para votação.
Aí me veio a pergunta, se o sindicato já sabia desta proposta, porque só agora vamos brigar, depois da proposta já ter passado pelo congresso e pelo senado, porque não brigamos antes?
Porque agora eles vem nos dizer que seremos privatizados, que os terceirizados estão aí para nos substituir?
Os terceirizados estão aí para suprir uma tão sabido defazagem de mão de obra, mas que será amenizada com o concurso que será finalizado agora em outubro.
Este sindicato só briga por nós carteiros, não briga por melhorias para os atendentes, técnicos e analistas,
por isto não vejo com bons olhos a maneira de como este sindicato é dirigido, temos de ter um sindicato forte que lute por todos, pois quando um analista não é beneficiado, o que acontece? Acontece que este analista também não dará atenção devida para os funcionários aqui da base, e não podemos esquecer que quem toma as principais decisões são os analistas.
Outra coisa, porque não temos um político nosso, nos defendendo?
Isto me fez pensar que se quisermos alguma mudança real temos de nos politizar, entrar em um partido, trabalhar na política, nos mobilizar também nos bastidores e não somente saindo nas ruas e caindo cada vez mais na pesquisas de confiabilidade, na opinião de nossos clientes na rua, etc.
Eu não estou na greve, estou trabalhando, tentando manter o serviço operando, fazendo o possível para deixar o menor impacto para a população em geral que há pouco tempo tinha no carteiro a visão do profissional confiável e trabalhador, hoje não é incomum sermos hostilizados pela população.
E não adianta falarmos que a culpa é somente da direção, a culpa também é nossa, pois se tivéssemos um braço político em Brasília com certeza poderíamos indicar pessoas que estejam alinhadas as nossas diretrizes, bem como tirar de vez de circulação pessoas infiltradas em nossa organização que seu único intuíto é enfraquecer nossa organização com o simples desejo e obrigação de levar nossa empresa a privatização.
Finalizo, pedindo aos meus colegas para repensarem suas atitudes, greve neste momento é o melhor?
Não estamos dando um passo perigoso para um caminho que não queríamos triar?
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Selo inimigo
3/09/2011 | 00:00
O ambiente nos Correios está de selo não reconhecer carta. Tensão nos semblantes, com a estatal movida a intriga entre grupos, à espera de uma solução para a decadência operacional da empresa.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
ECT apresenta contra-proposta e Comando de Negociação orienta pela GREVE NACIONAL
Correios diversificam oferta de serviços
Empresa investiu pesado em máquinas e tecnologias para bater de frente com a popularização dos e-mails e torpedos via celular
Felipe Lima - Jornal do Commercio
Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) tentou lutar. Investiu pesado em máquinas e tecnologias para bater de frente com a popularização dos e-mails e torpedos via celular. Prometeu entregar cartas no mesmo dia da postagem. Mas o nocaute veio agora. A instituição está quebrada e o calote no salário dos funcionários está próximo. No Brasil, o quadro é totalmente inverso. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), somente neste primeiro semestre de 2011, obteve lucro de R$ 499,6 milhões, 48,3% acima do registrado no mesmo período de 2010. O segredo foi não subir ao ringue contra a internet, e sim diversificar os negócios. Direcionou a maior parte dos investimentos para incrementar o serviço de entrega de encomendas e demais soluções. E com a reforma realizada em seu estatuto este ano, poderá agora ter participação acionária em outras companhias e internacionalizar operações.
O analista de planejamento dos Correios em Pernambuco Heyder Barbosa lembra que a internet, que no começo se mostrou ameaçadora, hoje é aliada. O comércio eletrônico representa receitas para os Correios, responsável pelo transporte dos produtos de determinados sites. “O investimento foi pesado e voltado para manter a regularidade, a praticidade, agilidade e comodidade dos serviços de encomendas. Cartas pessoais e telegramas ficaram estagnados, diminuem a participação no negócio da empresa ano a ano”, resume.
Os resultados financeiros do primeiro semestre deverão ser ainda melhores na segunda metade de 2011. É que no balanço será incluída a receita de R$ 2,3 bilhões oriunda da licitação do Banco Postal, cujo vencedor foi o Banco do Brasil. Apesar de realizada em maio, o contrato só foi assinado em julho.
Por todos esses motivos não é de se espantar que os Correios sejam uma das empresas do governo federal cujos cargos de direção são os mais cobiçados. Após a hegemonia do PMDB ao longo do governo Lula, está agora nas mãos do PT com Dilma Rousseff. O interesse político arranhou a imagem da empresa anos atrás. O mensalão, maior crise da gestão anterior, teve seu início após denúncias de corrupção envolvendo o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, ligado ao ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB).
Outra polêmica que envolve a instituição é a do monopólio do serviço de cartas no País. Decisão de 2009 do Supremo Tribunal Federal (STF) assegurou a exclusividade dos Correios. Porém, já acionaram o Judiciário em mais de uma oportunidade para monopolizar também outros serviços, como o envio de cartões de crédito e talões de cheque, considerados em algumas decisões da Justiça como cartas e em outras, desfavoráveis aos Correios, como encomendas. O capítulo mais recente da novela aconteceu no final de agosto, quando a Associação Brasileira de Empresas de Distribuição (Abraed) chegou a acionar o STF para rever a definição do serviço, mas acabou desistindo do recurso.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Testes físicos do concurso dos Correios começam segunda-feira
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Senado aprova MP que amplia atuação dos Correios
Aprovado nesta quarta-feira (31) pelo Senado, o projeto de lei de conversão (PLV) que amplia o âmbito de atividades da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) gerou polêmica entre os senadores, que viram a intenção de abrir brechas para a privatização e a terceirização dos serviços. Mudanças no texto introduzidas pela Câmara dos Deputados após manifestações de empregados dos Correios e de deputados oposicionistas não evitaram a dificuldade para aprovar o texto no Senado.
- O fato de medida provisória transformar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, um patrimônio do povo brasileiro, em uma empresa de capital aberto é flagrante e claramente a abertura do caminho para privatizar essa importante empresa nacional - protestou Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) acusou o PT de lotear politicamente cargos da ECT, o que prejudicaria a eficiência da empresa. O senador também acusou o partido da presidente Dilma Rousseff de mentir para o povo brasileiro durante a última campanha eleitoral para a Presidência da República, ao afirmar que o PSDB era a favor da privatização da Petrobras e dos Correios.
O PLV 21/2011, proveniente da Medida Provisória (MP) 532/2011 autoriza a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a atuar no exterior, constituir subsidiárias e adquirir o controle ou participação acionária em outras empresas. Além disso, a MP permite a aplicação subsidiária, no âmbito da ECT, da lei que trata das sociedades anônimas.
Para amenizar a polêmica gerada na Câmara, os deputados incluíram no texto artigos para vedar às empresas subsidiárias ou com participação dos correios atuar no serviço de entrega domiciliar, objeto do monopólio. Também foi incluída a determinação de que as funções gerenciais e técnicas da ECT em âmbito regional só poderão ser exercidas por empregados do quadro de pessoal permanente.
Além disso, todos os atos de constituição de subsidiárias e de aquisição do controle ou participação em empresas deverão ser aprovados pelo Conselho de Administração e comunicados à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal no prazo máximo de 30 dias.
O texto, segundo o relator, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) não promove a terceirização dos serviços da ECT, já que são preservados os vínculos trabalhistas dos empregados. Quanto ao monopólio do serviço postal como atribuição da União, o relator diz que não há ameaça já que seu status é constitucional.Da mesma maneira, o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou não ter enxergado no texto a abertura de brechas para a privatização.
- A empresa passará a ter um escopo maior na sua atuação sem perder o monopólio postal e isso é extremamente importante. A medida provisória e o relatório do senador Vital do Rêgo [PMDB-PB] foram no sentido de preservar essa condição do monopólio postal no Brasil - garantiu.
Outros serviços
Outro ponto que gerou discussão foi uma emenda apresentada pelo relator ao artigo que prevê a competência dos Correios para explorar os serviços de logística integrada, financeiros e postais eletrônicos. Segundo o relator, a intenção foi deixar claro que os todos esses serviços estavam ligados à área postal.
Senadores oposicionistas, no entanto, consideravam que a alteração não era de redação, e sim de mérito, o que faria com que o texto, após a aprovação, tivesse que voltar à Câmara dos Deputados. Como a MP venceria no dia 8 de setembro, não haveria tempo para isso.
- O que o governo pretendeu com a medida provisória era dar condições à Empresa de Correios e Telégrafos de ter musculatura para competir e, assim, não terá - protestou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que acusou o relator de "mutilar" a MP e a intenção do Executivo.
Vital do Rêgo afirmou que apenas dividiu em três frases o que o Executivo havia escrito em uma e que manteve a atribuição dos correios de realizar a logística postal integrada. O relator afirmou que não caberia a ele dar fim à polêmica e pediu ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que designasse um integrante da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para dar o parecer. Ao receber a tarefa, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), considerou a emenda como de redação.
Servidores dos Correios compareceram ao Plenário com camisetas contra a aprovação da MP. Houve manifestações, que, no entanto, foram mais amenas que as registradas durante a votação na Câmara, quando houve tumulto e objetos foram atirados no Plenário.
domingo, 28 de agosto de 2011
MP 532 - O trabalho tem que continuar.
ADCAP Nacional
Quando a Medida Provisória 532 foi enviada ao Congresso, a direção dos Correios providenciou imediata alteração do Estatuto da ECT. Dentre as mudanças, surgiram os artigos 43 e 44, que abrem a possibilidade de ocupação de todas as funções técnicas e gerenciais dos Correios por pessoas que não fizeram CONCURSO PÚBLICO para trabalhar nos Correios. São quase 20 mil funções que podem ser ocupadas através de apadrinhamento político o que, além da desprofissionalização da ECT, gerará prejuízos também à sociedade brasileira.
Conforme registrado na audiência pública do último dia três de agosto, na Comissão de Trabalho, isto é inédito nas empresas públicas. Na ocasião, foram lidos os estatutos do Banco do Brasil (capítulo IX,artigo 48 e parágrafos), da Petrobrás (capítulo VII,artigos 48 e 49 e parágrafos) e da Caixa Econômica Federal (capítulo VIII, artigo 46 e parágrafos).
Além de ferir a moralidade, tais artigos contradizem a disposição da Presidente Dilma em prestigiar o caráter técnico e implantar a meritocracia no Brasil. Temos a certeza absoluta que a nossa presidente, se corretamente informada, providenciaria ela mesma tais mudanças.
§ 4º - As funções técnicas, gerenciais e de confiança serão exercidas exclusivamente por empregados do quadro de pessoal permanente da empresa.
Presidente do Senado e Líderes dos Partidos