Jornal Já – Porto Alegre, Rio Grande do Sul
A greve dos Correios entrou nesta terça-feira (27) no décimo segundo dia de paralisação com uma caminhada no Centro de Porto Alegre. Cerca de mil servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e bancários, que começaram greve hoje, participaram do ato conjunto que saiu da Siqueira Campos, na sede dos correios, até a esquina democrática, na Rua dos Andradas.
Porém, segundo membros do sindicato gaúcho da categoria a greve aos poucos está perdendo força, principalmente nas cidades do interior do Estado. Apesar dos líderes mostrarem confiança no movimento, a greve não deverá se estender por muito tempo. “No máximo até o final de semana as negociações deverão acabar”, disse um dos diretores do sindicato.
Completada quase duas semanas, ao menos 40% dos funcionários já voltaram ao trabalho. No entanto 35% das cartas e encomendas continuam sendo entregues com atraso. Os serviços de entrega rápida com horário marcado, como o Sedex 10, estão suspensos.
Em Brasília, a direção dos Correios anunciou a retomada do diálogo com a Federação Nacional dos Trabalhadores da categoria, a fim de tentar encerrar a greve. Os correios admitem renegociar a proposta apresentada na semana passada que prevê reajuste salarial de 6,87%, aumento real linear de R$ 50 (que representa, segundo a diretoria, aumento de 13% para 60% dos trabalhadores) e abono de R$ 800.
Segundo a empresa, os pontos sobre os quais ainda há divergências poderão ser discutidos com a volta ao trabalho dos grevistas.
A categoria reivindica aumento salarial de R$ 400, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação, piso salarial de R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%.
O secretário-geral do Sintect/RS, Vicente Guindani, avisa que independente do que o comando nacional decidir, a quarta-feira terá manifestações na Capital.
— Nesta quarta-feira vamos levar a decisão do comando nacional para categoria em assembleia às 16h. Mas teremos de qualquer forma uma mobilização em frente à Agência Central na Siqueira Campos e à noite faremos um ato simbólico sepultando políticos que antes eram sindicalistas e agora tratam as categorias com diferenças — explicou.
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