sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que é um dissídio coletivo?

Fonte: guiadediretos.org

O que é: Dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre trabalhadores e empregadores.

Os dissídios coletivos podem ser de natureza econômica ou jurídica. Os de natureza econômica criam normas que regulamentam os contratos individuais de trabalho como, por exemplo, cláusulas que concedem reajustes salariais ou que garantem estabilidades provisórias no emprego.

Os dissídios de natureza jurídica, conhecidos também como dissídios coletivos de direito, visam a interpretação de uma norma legal preexistente que, na maioria das vezes, é costumeira ou resultante de acordo, convenção ou dissídio coletivo.

Como funciona: Os Dissídios Coletivos são ações ajuizadas pelos sindicatos, federações ou confederações, para defesa dos interesses de seus filiados.

Os dissídios são ajuizados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e é da competência do Juiz Vice-Presidente despachar, instruir e conciliar processos, designar e presidir as audiências, extinguir processos sem julgamento do mérito ou delegar a outro juiz vitalício tais atos.

Suscitado dissídio, a primeira etapa do processo consiste na realização de audiência de conciliação e instrução. Nessa audiência tenta-se levar as partes à celebração de um acordo que ponha fim ao dissídio. Nestes casos, o Juiz pode formular uma ou mais propostas visando a conciliação e no caso de acordo, será homologado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Caso não haja acordo, o Juiz passará à fase de instrução, na qual interrogará as partes a fim de colher mais informações para o julgamento da matéria.

Contudo, a negociação e a tentativa de conciliação são etapas que antecedem os dissídios coletivos. De acordo com a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho e o Regimento Interno do TST, somente depois de esgotadas as possibilidades de autocomposição, as partes podem recorrer à Justiça do Trabalho. A jurisprudência do TST prevê a extinção do processo, sem julgamento do mérito, se não ficar comprovado o esgotamento das tentativas de negociação.


Quem tem direito: A decisão do Dissídio Coletivo que implique em novas condições de trabalho poderá ser estendida a todos os trabalhadores da mesma categoria profissional que atuem na jurisdição do Tribunal Regional de Trabalho onde a questão foi julgada.

Correios recorrem a TST na tentativa de encerrar greve

Agência Estado

Os Correios recorreram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar por fim à greve dos trabalhadores da estatal, que já dura 16 dias. Conforme nota divulgada há pouco pela empresa, depois de esgotar "todas as tentativas diretas de acordo" com a representação dos trabalhadores, não restou outra alternativa a não ser propor a conciliação junto ao TST. Segundo os Correios, no tribunal a empresa e os trabalhadores terão, novamente, mais uma oportunidade de finalizar um acordo, em audiência de conciliação, com a mediação judicial.

"Desde o início do ano, a direção dos Correios manteve as portas abertas aos trabalhadores, mediante um sistema de negociação permanente, com reuniões agendadas para o ano todo e não apenas para o período do Acordo Coletivo de Trabalho. Os representantes dos trabalhadores foram recebidos inúmeras vezes para tratar da mudança do Estatuto do ECT e foram ouvidos durante todo o processo de negociação da Participação nos Lucrose Resultados (PLR). A abertura da ECT ao diálogo também foi mantida durante todo o período de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho", informou a empresa, por meio de nota.

A empresa reforçou a posição de que continua aberta ao diálogo e conclama novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho "em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa".

Ontem, depois de mais de seis horas de reunião com a diretoria dos Correios, os funcionários da estatal decidiram manter a greve. Eles recusaram proposta oferecida pela empresa de reajuste real de R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500. A diretoria dos Correios também havia proposto - mas foi recusado pelos trabalhadores - o parcelamento do valor pelo corte do ponto dos funcionários que ficaram parados - a cada mês, seria descontado um dia.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Para descontrair.

Greve dos Bancários x Greve dos Correios

Bancários aprovam greve nacional para a próxima terça-feira (27)
Da Redação
Em São PauloE
Os bancários decidiram nesta quinta-feira (22) entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (27). A decisão foi tomada em assembleias realizadas em 14 municípios em 12 Estados, segundo informou em nota a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
A categoria reivindica um reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 7,8%. "A proposta significa apenas 0,37% de aumento real, apesar dos lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.
As assembleias foram realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Alagoas, Porto Velho, Rio Branco, Campinas (SP), Juiz de Fora (MG), Dourados (MS) e Campina Grande (PB).
Amanhã (23), haverá uma nova rodada de negociações entre as partes. Na segunda-feira (26), os bancários pretendem realizar novas assembleias para avaliar a negociação e se preparar a greve, segundo a Contraf.
Além do reajuste, a categoria exige maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicação.

Comentário do Carteiro.
Os Correios tiveram um lucro que não chega a 10% se comparado ao lucro dos Bancos, em compensação os Correios ofereceram 13% de aumento e o sindicato quer 30

Greve dos Correios deve ser decidida na Justiça

Portal IG

Sindicatos regionais entraram com ações judiciais para tentar impedir que governo corte ponto dos grevistas

AE | 28/09/2011 19:04


O desconto em folha dos dias parados pelos trabalhadores dos Correios que aderiram à greve foi o que impediu o fechamento de um acordo entre o sindicato da categoria e a estatal hoje. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro, disse à Agência Estado que, em reunião hoje no Ministério Público do Trabalho, as negociações chegaram a avançar, mediante a contraproposta apresentada pela estatal.

Os Correios decidiram pagar um abono de R$ 500,00 e um aumento de R$ 80,00 a partir de janeiro em substituição à proposta inicial que previa um abono de R$ 800,00 e uma parcela fixa de aumento no salário de R$ 50,00.

No entanto, o sindicato se retirou da mesa de negociações, segundo Pinheiro, quando a estatal abordou o corte do ponto de quem aderiu à greve. "Lamentamos eles terem tomado a iniciativa de ir para a Justiça. Não descontar (os dias parados) não tem condição", afirmou Pinheiro.

Alguns sindicatos regionais já entraram com ações na Justiça com o objetivo de impedir o desconto dos dias parados, mas as decisões da Justiça não são unânimes.

Na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postais, Telégrafos e Similares (Sintec-PB) obteve liminar para que não haja corte de ponto nem de vale-transporte e vale-alimentação dos grevistas.

Os Correios já recorreram da decisão. No Rio Grande do Sul, porém, o pedido foi indeferido.

Segundo Pinheiro, a empresa até se dispôs a fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada, mas o sindicato foi irredutível. "Reconhecemos o direito de greve dos trabalhadores, mas a empresa tem também o direito de efetuar o desconto", disse.

Diante do impasse, Pinheiro reforçou pedido de desculpas da empresa à população pelos transtornos causados e reiterou o apelo para que os carteiros voltem ao trabalho. "Vamos fazer um apelo para os carteiros voltarem ao trabalho, porque temos convicção de que é isso que eles querem", afirmou.

Pinheiro lembrou que a estatal tem feito mutirões para fazer triagens e entregar encomendas e que já convocou 5.300 aprovados no concurso realizado em maio para amenizar os efeitos da greve.

MPT medeia negociação para acabar com a greve dos Correios

Ministério Público do Trabalho

28/09/2011



Brasília (DF) - O Ministério Público do Trabalho mediou a negociação entre os representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e a diretoria administrativa dos Correios (ECT), nesta quarta-feira (28), na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília.

O impasse da greve dos funcionários, que já dura 15 dias, motivou a reunião, que teve duração de duas horas. A ideia é chegar a uma negociação que atenda às reivindicações dos trabalhadores e faça com que eles retornem ao trabalho.

A ECT continua com a proposta de reajuste salarial e de benefícios em 6,87%, aumento real de R$50,00 e abono de R$800,00. A proposta econômica foi aceita pela maioria dos trabalhadores em greve. A questão que não teve acordo é relacionada ao desconto em folha de pagamento dos dias parados.

Para os trabalhadores, esse desconto não deve ser feito porque eles terão que colocar em dia todo o trabalho parado. A categoria não descarta a possibilidade de negociação, porém deseja um acordo que atenda às necessidades de maneira geral. “A greve é um sacrifício muito grande para nós trabalhadores. Se eu perder esse salário, coloco em risco o meu pão de cada dia. Isso é sério, mas não estamos dispostos a sair da greve de graça”, disse o carteiro baiano Saúl Gomes da Cruz.

Já para a empresa, o débito em folha precisa ser feito em respeito às pessoas que trabalharam em esquema de mutirão. O analista da Diretoria de Administração dos Correios, Alexandre Martins Vidor, propôs que os descontos fossem realizados no período de 12 meses.

O procurador do Trabalho e Coordenador Nacional de Liberdade Sindical (CONALIS), Ricardo Brito Pereira, ouviu as considerações dos representantes e da empresa e acredita ser possível o encerramento da greve. “Em um primeiro momento, o Ministério Público do Trabalho sugeriu para a ECT que não houvesse descontos na folha de pagamento dos trabalhadores que ficaram parados, mas, como houve avanços na proposta econômica, o MPT achou razoável que o desconto fosse realizado em um prazo maior para que o trabalhador não sofra nenhum impacto. É possível fazer um acordo para resolver esse impasse, a fim de que a atividade se regularize o mais rápido possível”.

Os representantes sindicais pretendem levar os avanços da reunião para a assembleia com os trabalhadores. Segundo os membros diretores da FENTECT, somente a partir de um consenso a greve será cancelada.


Mais informações
Assessoria de Comunicação Social do MPT
(61) 3314-8232/ 3314-8198

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Juíza indefere pedido de liminar da FENTECT para impedir desconto dos dias parados

PROCESSO 3ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA Nº 0001548-67.2011.5.10.0008

CONCLUSÃO


Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Juiz do Trabalho.

Brasília, 27 de setembro de 2011 (terça-feira).

Irani Pereira da Silva
Analista Judiciário


Vistos os autos.

Trata-se de ação trabalhista movida pela Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares - FENTECT em face da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. Noticia que, em 14/09/11, em conformidade com os ditames da Lei de Greve, os empregados da ECT deflagram movimento paredista em face da inexistência de concordância entre as pares no que diz respeito aos termos no novo Acordo Coletivo de Trabalho. Aduz que a demandada, por intermédio da Circular nº 1605/11, da Vice Presidência de Gestão de Pessoas, determinou, sem prévia tentativa de negociação com a Federação, o desconto dos dias parados. Sustenta que a conduta da ré atenta contra o exercício do direito de greve, inserto no art. 9º, da Constituição Federal, violando, ainda, o art. 6º, § 1º, da Lei nº 7.783/98, assim como os direitos sociais de saúde, alimentação e proteção ao salário. Formula requerimento de concessão de liminar “inaudita altera pars”, para que seja determinada a imediata suspensão dos descontos e devolvidos os valores já descontados em razão da participação dos trabalhadores no movimento de greve.

(...)

No presente caso, contudo, não vislumbro, a princípio, a existência de verossimilhança das alegações a autorizar a antecipação dos efeitos da tutela pretendida.


Isso porque o art. 7º da Lei nº 7.783/89 configura a participação em greve como hipótese de suspensão do contrato de trabalho, ainda que remeta a possibilidade de regulação das relações obrigacionais por meio de acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão judicial.


Tal circunstância, por si só, contudo, não autoriza que se desconsidere a natureza suspensiva expressamente imposta pela lei ao movimento de greve, a par de todos os argumentos e princípios invocados pela parte autora.


Assim, tenho que o desconto relativo aos dias parados não se mostra, a princípio, ilegal, tratando-se, em verdade, de mera conseqüência da suspensão contratual. Em razão isso, a dedução também não constitui violação às normas que asseguram intangibilidade salarial, inclusive porque, em regra, não há obrigação de pagamento de salários durante a suspensão do contrato de trabalho.


Não se olvida a possibilidade do empregador ter que arcar com o salário relativo aos dias de adesão do trabalhador à greve, situação ressalvada no art. 17, parágrafo único, da Lei de Greve, mas isso depende da comprovação de que o empregador contribuiu para que houvesse a paralisação, situação sequer alegada nos presentes autos.


De todo modo, a referida questão, bem como a questão referente à legalidade ou não de greve são de competência funcional de Tribunal e não da Vara do Trabalho.


Por todo o exposto, indefere-se a antecipação dos efeitos da tutela.


Intime-se o autor, com urgência.


Após, façam-se os autos conclusos para inclusão em pauta.


Brasília, 27/09/2011 (terça-feira).


LARISSA LIZITA LOBO SILVEIRA

Juíza do Trabalho Substituta
Auxiliar da 08ª Vara do Trabalho de Brasília


Após doze dias greve dos Correios perde força

Jornal Já – Porto Alegre, Rio Grande do Sul


A greve dos Correios entrou nesta terça-feira (27) no décimo segundo dia de paralisação com uma caminhada no Centro de Porto Alegre. Cerca de mil servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e bancários, que começaram greve hoje, participaram do ato conjunto que saiu da Siqueira Campos, na sede dos correios, até a esquina democrática, na Rua dos Andradas.

Porém, segundo membros do sindicato gaúcho da categoria a greve aos poucos está perdendo força, principalmente nas cidades do interior do Estado. Apesar dos líderes mostrarem confiança no movimento, a greve não deverá se estender por muito tempo. “No máximo até o final de semana as negociações deverão acabar”, disse um dos diretores do sindicato.

Completada quase duas semanas, ao menos 40% dos funcionários já voltaram ao trabalho. No entanto 35% das cartas e encomendas continuam sendo entregues com atraso. Os serviços de entrega rápida com horário marcado, como o Sedex 10, estão suspensos.

Em Brasília, a direção dos Correios anunciou a retomada do diálogo com a Federação Nacional dos Trabalhadores da categoria, a fim de tentar encerrar a greve. Os correios admitem renegociar a proposta apresentada na semana passada que prevê reajuste salarial de 6,87%, aumento real linear de R$ 50 (que representa, segundo a diretoria, aumento de 13% para 60% dos trabalhadores) e abono de R$ 800.

Segundo a empresa, os pontos sobre os quais ainda há divergências poderão ser discutidos com a volta ao trabalho dos grevistas.

A categoria reivindica aumento salarial de R$ 400, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação, piso salarial de R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%.

O secretário-geral do Sintect/RS, Vicente Guindani, avisa que independente do que o comando nacional decidir, a quarta-feira terá manifestações na Capital.

— Nesta quarta-feira vamos levar a decisão do comando nacional para categoria em assembleia às 16h. Mas teremos de qualquer forma uma mobilização em frente à Agência Central na Siqueira Campos e à noite faremos um ato simbólico sepultando políticos que antes eram sindicalistas e agora tratam as categorias com diferenças — explicou.

sábado, 24 de setembro de 2011

Greve dos Correios reforça procura por serviços privados

Folha.com

Enquanto a greve dos Correios prejudica grande parte dos brasileiros, empresas que atuam no segmento de entregas expressas aumentam o faturamento durante a paralisação, informa reportagem de Cirilo Junior para a Folha deste sábado.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O volume de encomendas transportadas pela Azul Cargo, braço de logística da aérea Azul, cresceu 60% desde a semana passada, quando parte dos funcionários dos Correios cruzou os braços.


Embora não tenha fechado dados relativos ao volume dos últimos dias, a TNT Express registrou forte incremento nas consultas. Os atendimentos no call center da empresa aumentaram 150% desde a semana passada.

"São clientes querendo saber sobre preços, prazos. E identificamos uma expansão no despacho de encomendas para o exterior", afirma Carlos Ienne, diretor da divisão express da empresa no Brasil.

A TNT trabalha com encomendas maiores, ao contrário da Azul e da Gollog, cujo número de encomendas cresceu 47% desde o início da paralisação. Empresa de logística da Gol, a companhia vem investindo cada vez mais no segmento de cargas expressas, que engloba pequenas encomendas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sancionada a MP 532

Foi sancionada pela Presidente Dilma Roussef a Lei 12.490/2011 (conhecida como MP 532/11), publicada no Diario Oficial da União de 16/09/11. A lei aprovada e alterada no congresso (conforme quadro comparativo, com a diferença entre a MP 532/11 e o Projeto de Lei de Conversão aprovado pelo Senado, disponível no site do Senado, no link http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=95027&tp=1) foi sancionada com o veto ao § 5o do art. 1o do Decreto-Lei no 509, de 20 de março de 1969, alterado pelo art. 11 do projeto de lei de conversão, que foi justificada pela Presidente na Mensagem de Veto número 383, que pode ser lido na ítegra no link: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-383.htm
Para ler o conteúdo completo da Lei 12.490/2011, sancioanda pela presindente, acesse o link http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12490.htm

Comentários do carteiroquefala:

Essa notícia apresenta uma situação curiosa: uma das reivindicações da Fentect com a greve deflagrada no dia 14/09 era contra a sanção presidencial da MP 532/11. Porém desde o dia 16/09/2011 a MP foi sancionada. A pergunta que fica é: a luta contra a MP 532/11 de fato foi um dos motivos para o início da greve, ou foi só um "artifício", já que estava claro que após a aprovação no congresso, a MP seria sancionada pela Presidente, já que foi o próprio governo que levou ao congresso a Medida Provisória. É importante ficarmos atentos aos reais motivos das atitudes que cada um está tomando.

domingo, 18 de setembro de 2011

GREVE, NÃO.

Me perguntaram se estou em greve, minha resposta é NÃO, NÃO ESTOU EM GREVE!
Estou trabalhando, simplesmente pelo fato de não acreditar neste sindicato, que em uma visita a minha unidade nos disse que esta MP estava adormecida desde a época de FHC, mas só agora foi colocada para votação.
Aí me veio a pergunta, se o sindicato já sabia desta proposta, porque só agora vamos brigar, depois da proposta já ter passado pelo congresso e pelo senado, porque não brigamos antes?
Porque agora eles vem nos dizer que seremos privatizados, que os terceirizados estão aí para nos substituir?
Os terceirizados estão aí para suprir uma tão sabido defazagem de mão de obra, mas que será amenizada com o concurso que será finalizado agora em outubro.
Este sindicato só briga por nós carteiros, não briga por melhorias para os atendentes, técnicos e analistas,
por isto não vejo com bons olhos a maneira de como este sindicato é dirigido, temos de ter um sindicato forte que lute por todos, pois quando um analista não é beneficiado, o que acontece? Acontece que este analista também não dará atenção devida para os funcionários aqui da base, e não podemos esquecer que quem toma as principais decisões são os analistas.
Outra coisa, porque não temos um político nosso, nos defendendo?
Isto me fez pensar que se quisermos alguma mudança real temos de nos politizar, entrar em um partido, trabalhar na política, nos mobilizar também nos bastidores e não somente saindo nas ruas e caindo cada vez mais na pesquisas de confiabilidade, na opinião de nossos clientes na rua, etc.
Eu não estou na greve, estou trabalhando, tentando manter o serviço operando, fazendo o possível para deixar o menor impacto para a população em geral que há pouco tempo tinha no carteiro a visão do profissional confiável e trabalhador, hoje não é incomum sermos hostilizados pela população.
E não adianta falarmos que a culpa é somente da direção, a culpa também é nossa, pois se tivéssemos um braço político em Brasília com certeza poderíamos indicar pessoas que estejam alinhadas as nossas diretrizes, bem como tirar de vez de circulação pessoas infiltradas em nossa organização que seu único intuíto é enfraquecer nossa organização com o simples desejo e obrigação de levar nossa empresa a privatização.
Finalizo, pedindo aos meus colegas para repensarem suas atitudes, greve neste momento é o melhor?
Não estamos dando um passo perigoso para um caminho que não queríamos triar?
Bom trabalho a todos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Selo inimigo

Blog Claudio Humberto

3/09/2011 | 00:00

O ambiente nos Correios está de selo não reconhecer carta. Tensão nos semblantes, com a estatal movida a intriga entre grupos, à espera de uma solução para a decadência operacional da empresa.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ECT apresenta contra-proposta e Comando de Negociação orienta pela GREVE NACIONAL

Fonte: Fentect

AOS SINDICATOS FILIADOS
Companheiros(as), o Comando Nacional de Negociação e Mobilização informa que, após muita enrolação e descaso contra a categoria e seus representantes a ECT apresentou uma contra-proposta no dia de ontem, 12/09, às 19h, que é a seguinte:

Reposição da Inflação 6,87%;

Abono Salarial de R$ 800,00;

Reajuste Linear de R$ 50,00, a partir de janeiro/2012;

Vale Alimentação de R$ 25,00;

Vale Cesta de R$ 140,00

Este Comando entende que a proposta apresentada não contempla a categoria. Neste sentido, orienta a todos os Sindicatos aprovarem nas assembléias de hoje a deflagração da GREVE NACIONAL da categoria, por tempo indeterminado, conforme calendário de lutas aprovado no XXX CONREP.

Correios diversificam oferta de serviços

Empresa investiu pesado em máquinas e tecnologias para bater de frente com a popularização dos e-mails e torpedos via celular

Felipe Lima - Jornal do Commercio

Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) tentou lutar. Investiu pesado em máquinas e tecnologias para bater de frente com a popularização dos e-mails e torpedos via celular. Prometeu entregar cartas no mesmo dia da postagem. Mas o nocaute veio agora. A instituição está quebrada e o calote no salário dos funcionários está próximo. No Brasil, o quadro é totalmente inverso. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), somente neste primeiro semestre de 2011, obteve lucro de R$ 499,6 milhões, 48,3% acima do registrado no mesmo período de 2010. O segredo foi não subir ao ringue contra a internet, e sim diversificar os negócios. Direcionou a maior parte dos investimentos para incrementar o serviço de entrega de encomendas e demais soluções. E com a reforma realizada em seu estatuto este ano, poderá agora ter participação acionária em outras companhias e internacionalizar operações.


As cartas pessoais representam atualmente apenas 0,01% do serviço de mensagens dos Correios. A esmagadora maioria refere-se a documentos e correspondências comerciais. São contratos fechados com bancos, tribunais de Justiça, órgãos públicos e com o comércio. Esse segmento de atuação ainda é responsável pela maior parte do faturamento da empresa. Em 2010, renderam R$ 6,02 bilhões, algo em torno de 47,44% das receitas. Porém, as encomendas crescem vertiginosamente e começam a ameaçar a liderança. Nos primeiros seis meses deste ano, o Sedex cresceu 18% e o serviço de envio não expresso subiu 21%.


O bom momento reflete-se no poder de fogo dos Correios. A previsão de investimentos até 2015 é de R$ 4 bilhões. É quase a metade do que o USPS pediu de socorro (US$ 5,5 bilhões, o que representa R$ 9,2 bilhões pelo câmbio de ontem) para não fechar as portas. Para se ter uma ideia, a empresa brasileira já manifestou interesse até em participar como “sócio estratégico” da operação do Trem de Alta Velocidade (TAV), mais conhecido como trem-bala.

O analista de planejamento dos Correios em Pernambuco Heyder Barbosa lembra que a internet, que no começo se mostrou ameaçadora, hoje é aliada. O comércio eletrônico representa receitas para os Correios, responsável pelo transporte dos produtos de determinados sites. “O investimento foi pesado e voltado para manter a regularidade, a praticidade, agilidade e comodidade dos serviços de encomendas. Cartas pessoais e telegramas ficaram estagnados, diminuem a participação no negócio da empresa ano a ano”, resume.

Os resultados financeiros do primeiro semestre deverão ser ainda melhores na segunda metade de 2011. É que no balanço será incluída a receita de R$ 2,3 bilhões oriunda da licitação do Banco Postal, cujo vencedor foi o Banco do Brasil. Apesar de realizada em maio, o contrato só foi assinado em julho.

Por todos esses motivos não é de se espantar que os Correios sejam uma das empresas do governo federal cujos cargos de direção são os mais cobiçados. Após a hegemonia do PMDB ao longo do governo Lula, está agora nas mãos do PT com Dilma Rousseff. O interesse político arranhou a imagem da empresa anos atrás. O mensalão, maior crise da gestão anterior, teve seu início após denúncias de corrupção envolvendo o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, ligado ao ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB).

Outra polêmica que envolve a instituição é a do monopólio do serviço de cartas no País. Decisão de 2009 do Supremo Tribunal Federal (STF) assegurou a exclusividade dos Correios. Porém, já acionaram o Judiciário em mais de uma oportunidade para monopolizar também outros serviços, como o envio de cartões de crédito e talões de cheque, considerados em algumas decisões da Justiça como cartas e em outras, desfavoráveis aos Correios, como encomendas. O capítulo mais recente da novela aconteceu no final de agosto, quando a Associação Brasileira de Empresas de Distribuição (Abraed) chegou a acionar o STF para rever a definição do serviço, mas acabou desistindo do recurso.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Testes físicos do concurso dos Correios começam segunda-feira


Correios
09/09/2011


A Avaliação da Capacidade Física e Laboral (ACFL) do concurso público 2011 dos Correios ocorrerá em 73 organizações militares distribuídas em 60 municípios a partir da próxima segunda-feira (12). Na próxima semana, os testes serão realizados em 14 Estados.

Estão aptos a participar desta etapa 30.904 candidatos aprovados na prova objetiva para o cargo Agente de Correios — carteiro e operador de triagem e transbordo (OTT). No total, eles disputam 6.074 vagas, sendo 5.060 para carteiros e 1.014 para OTT. A ACFL será realizada em parceria com as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) em todos os Estados e no Distrito Federal. Os candidatos estão sendo convocados por meio de telegrama.

Até agora, dos 3.116 aprovados nos cargos de atendente comercial, cargos de nível superior e carreiras específicas, já foram contratados 1.409 novos empregados.

A ACFL tem caráter eliminatório e é composta pelo teste de barra fixa, corrida de 12 minutos e testes de dinamometria, com graus de esforço diferente para homens e mulheres de acordo com o previsto em edital. O candidato deve comparecer para realização da avaliação no horário definido na convocação munido de atestado médico, emitido há no máximo 30 dias, no qual deverá estar consignada a sua aptidão para realização dos testes; roupa apropriada para a prática de atividade física; e documento oficial de identificação com foto.

Os resultados da avaliação física serão divulgados até o final deste mês. Todos os 9.190 aprovados no concurso estarão trabalhando nos Correios até o final de outubro.

Mais informações no www.correios.com.br, seção Concurso Público.